- Área: 1000 m²
- Ano: 2015
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Fotografias:Alejandro Arango
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Fabricantes: Durapanel, Interventoría de obra
Centro Comunitário San Vicente Ferrer
Este parque educativo pertence a uma nova rede de edifícios públicos de pequeno formato que foram planejados pelo Governo de Antioquia, distribuídos em seus oitenta municípios. Esta nova rede é, na verdade, um amplo projeto educativo de caráter público em coordenação com as comunidades municipais, e pretende levar educação de qualidade a diversas regiões da repartição. Todos os parques educativos possuem programas similares e um espaço público singular. Este tipo de projeto planejado pelo governo local permitiu realizar um trabalho colaborativo entre um grupo de representantes do município, do governo e os arquitetos: através de simples reuniões a comunidade expressou seus desejos e necessidades em relação ao projeto educativo e arquitetônico por meio de textos e desenhos.
San Vicente Ferrer é um município localizado ao leste da Antioquia, a 2150 metros acima do nível do mar, em uma região montanhosa com um clima frio constante. 70% dos seus habitantes são agricultores. Seu pequeno centro é composto por uma estrutura urbana "orgânica", dispostas em uma topografia irregular e íngreme. O lote destinado para o Centro Comunitário está localizado na borda do centro da cidade, e é um fragmento de uma montanha que foi previamente cortada e aplainada em três lados do seu perímetro, deixando uma superfície elevada e inclinada. Os desenhos e petições da comunidade foram consistentes sobre o desejo de ter um edifício com um pátio central e sobre a possibilidade de ter um teatro ao ar livre, questões que foram articuladas com as características topográficas do terreno e do programa educativo definido pelo governo.
A via de pedestres e veículos que conecta o parque educativo ao centro urbano articula-se a uma nova rampa de acesso que atravessa o edifício e seu pátio escalonado em direção aos terraços públicos de cobertura a partir dos quais se pode observar a paisagem do entorno e voltar ao circuito na borda urbana. Este edifício pretende restituir o fragmento de montanha deixado pelo movimento de terra, ampliando o espaço público em suas coberturas no interior, ou a partir da rampa de acesso até o pátio. Sua geometria toma partido das curvas de nível do terreno. A pedra escura modulada em "mapa" escolhida para revestir as paredes e os ladrilhos de concreto de seu piso, conectam-se aos materiais tipicamente utilizados nas construções da região. Cada espaço interno possui uma abertura zenital orientado para receber luz indireta e correntes frias de vento norte-sul obstruídas pelos dois braços do edifício, permitindo um clima ameno no pátio interno, que atua como cenário ao ar livre.